ESTRONGILOIDÍASE
- EXAME MEDICINA LABORATORIAL
- 22 de mar. de 2023
- 2 min de leitura

Estrongiloidíase é a infecção causada por Strongyloides stercoralis. Os achados são dor abdominal e diarreia, exantema, sintomas pulmonares (incluindo tosse e sibilos) e eosinofilia. O diagnóstico é feito pelo achado de larvas em fezes ou no conteúdo do intestino delgado ou, às vezes, escarro, ou pela detecção de anticorpos no sangue. O tratamento é feito com ivermectina ou albendazol.
A estrongiloidíase é uma das principais doenças parasitárias transmitidas por meio do solo. Estima-se que 30 a 100 milhões de pessoas estejam infectadas em todo o mundo. A estrongiloidíase é endêmica nos trópicos e subtrópicos, incluindo áreas rurais do sul dos Estados Unidos, em locais onde há exposição da pele a lavas infecciosas no solo contaminado por fezes humanas. S. stercoralis tem a capacidade única de se desenvolver até a idade adulta no solo e também no intestino humano. Além disso, ao contrário de outros vermes transmitidos pelo solo, S. stercoralis é capaz de autoinfecção, que pode resultar em doença crônica com duração de décadas, ou causar hiperinfecção avassaladora em pessoas em uso de corticoides ou outros fármacos imunossupressores ou que têm comprometimento na imunidade mediada por células do tipo Th2, particularmente aquelas infectadas pelo vírus T-linfotrópico humano do tipo 1 (HTLV-1).
Durante hiperinfecção, uma grande quantidade de larvas ganha acesso à corrente sanguínea, pulmões, sistema nervoso central e outros órgãos. Bacteremia polimicrobiana e meningite podem ocorrer devido à ruptura da mucosa intestinal e à presença de bactérias na superfície das larvas invasoras.
Infecções graves por S. stercoralis ocorreram em receptores de transplantes de órgãos sólidos, tanto daqueles com infecção subclínica preexistente como naqueles que receberam órgãos de doadores assintomáticos, mas infectados (1).
Strongyloides fülleborni, que infecta chimpanzés e babuínos, pode provocar infecções limitadas nos seres humanos.
Diagnóstico da estrongiloidíase
Identificação das larvas por exame microscópico das amostras, como fezes ou aspirado duodenal e, em pacientes com a síndrome de hiperinfecção e estrongiloidiase disseminada, lavagens brônquicas, escarro ou outros líquidos fisiológicosImunoensaio enzimático para anticorpos
Exame microscópico de uma única amostra de fezes detecta larvas em cerca de 25% das infecções por Strongyloides não complicadas. Exame repetido das amostras de fezes concentradas aumenta a sensibilidade; recomendam-se no mínimo 3 até 7 amostras de fezes. Métodos especializados de exame de fezes aumentam a sensibilidade. Incluem cultura em placa de ágar, a técnica de funil de Baermann e a técnica em papel filtro de Harada-Mori.
Consulte seu médico e veja os exames disponíveis para o diagnóstico e tratamento desta doença.
Referência geral
1. Abanyie FA, Gray EB, Delli Carpini KW, et al: Donor-derived Strongyloides stercoralis infection in solid organ transplant recipients in the United States, 2009–2013. Am J Transplant 15 (5):1369–1375, 2015. doi: 10.1111/ajt.13137
Comments